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QUEM SOMOS?

   Na atualidade, a informação circula a uma velocidade sem precedentes, mas com isso também se dissemina a desinformação, especialmente no que toca à saúde das mulheres. O cancro continua a ser um tema rodeado de mitos e informações contraditórias, que podem gerar confusão, medo e decisões mal fundamentadas. No entanto, cada mulher merece ter acesso a informações claras e verdadeiras para enfrentar este desafio com conhecimento e confiança.

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  A ENTRELAÇOS nasceu com o compromisso de combater a desinformação e promover a literacia em saúde, focando-se exclusivamente no cancro nas mulheres. A reportagem hipermedia tem como missão garantir que cada mulher tenha acesso a informações rigorosas e contextualizadas, permitindo decisões informadas e fortalecendo a autoestima e o bem-estar durante todo o processo. A ENTRELAÇOS pretende ser um espaço seguro e fiável, onde a verdade prevalece e o conhecimento empodera.

A NOSSA METODOLOGIA:

   A ENTRELAÇOS segue uma metodologia rigorosa e transparente, adaptada à complexidades das informações relacionadas com o cancro. Cada notícia ou conteúdo que é analisado passa por um processo de verificação em cinco passos fundamentais.

1. Verificação da fonte - Avaliar a origem da informação, analisando a credibilidades das fontes médicas e científicas.

2. Cruzamento de fontes - Confirmar os dados com múltiplas fontes independentes, incluindo estudos científicos e artigos médicos.

3. Verificação do contexto - Inserir a informação no seu devido contexto, analisando o cenário completo em que foi divulgada.

4. Análise de dados e documentos - Examinar documentos médicos, relatórios de organizações de saúde e estudos científicos atualizados.

5. Atribuição de uma etiqueta de veracidade - Após todo o processo a informação é classificada com uma etiqueta de veracidade.

  A ENTRELAÇOS acredita que cada mulher tem o direito de saber como foram obtidas as informações. Para que isso possa ser possível, são partilhados os métodos e fontes utilizados, promovendo a confiança e a literacia em saúde. É explicado passo a passo o processo de verificação, garantindo que as informações complexas são apresentadas de forma simples e acessível.

   A metodologia da ENTRELAÇOS inclui três abordagens essenciais no combate à desinformação sobre o cancro nas mulheres: o fact-checking, de acordo com o First Draft News (2023), analisa discursos públicos, muitas vezes de figuras influentes, como políticos ou celebridades, verificando a sua veracidade e o impacto que podem ter na opinião pública; o Debunking centra-se na verificação de conteúdos que circulam nas redes sociais, desmascarando informações falsas ou manipuladas que podem gerar confusão; e a Verification que se foca na análise de imagens e de conteúdos audiovisuais, investigando fotografias e vídeos para determinar se forem manipulados ou descontextualizados, garantindo assim a fiabilidade da informação visual.

O QUE FAZEMOS?

  A ENTRELAÇOS publica análises rigorosas e conteúdos informativos sobre o cancro nas mulheres. Revê notícias, publicações em redes sociais, discursos públicos e artigos médicos, com o objetivo de identificar e combater a desinformação. O foco é fornecer informações viáveis sobre tipos de cancro comuns em mulheres, sintomas, fatores de risco, tratamentos e cuidados preventivos. 

A ENTRELAÇOS defende que informação clara e verdadeira é uma ferramenta poderosas de empoderamento. Quando o assunto é saúde, contra factos, não há argumentos.

ETIQUETAS DE VERACIDADE CONFIAS?

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A informação está comprovadamente correta.

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A informação pode vir a ser verdadeira. Ainda não é.

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​Não há dados públicos que comprovem a informação.

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A informação está comprovadamente falsa.

O CANCRO DA MAMA EXISTE?

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“Por isso venho falar para vocês que câncer da mama não existe então, esqueçam o outubro rosa, esqueçam mamografia, a mamografia vai causar inflamações nas mamas."

ENTRELAÇOS

04 de dezembro 2024, 10:02

No passado dia 29 de outubro, um vídeo publicado no Instagram pela Doutora Lana Almeida, especialista em mastologia e ultrasonografia mamária, no Estado do Pára, gerou polémica ao afirmar que o Cancro da Mama “não existe”.

   A publicação, que também desaconselha a realização de mamografias e a adesão à campanha Outubro Rosa, rapidamente se tornou viral, levantando questões sobre a veracidade destas afirmações.

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      A campanha Outubro Rosa é uma iniciativa internacionalmente reconhecida que promove a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do Cancro da Mama. Este tipo de cancro é amplamente reconhecido pela comunidade médica e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das doenças oncológicas mais comuns e estudadas em todo o mundo. De acordo com o Sindicato dos Médicos do Pará (SINDMEPA), o Cancro da Mama trata-se de uma condição de risco, considerada uma das maiores causas de morte nas mulheres. Após o diagnóstico precoce da doença, o Cancro da Mama tem mais probabilidade de ter cura com tratamentos menos agressivos, proporcionando aos doentes uma melhor qualidade de vida.

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      O Cancro da Mama não só existe, como é uma das patologias oncológicas mais comuns no sexo feminino e para a qual a medicina dispõe de métodos eficazes de rastreio, como é o caso da mamografia (OMS). Este exame é essencial para a deteção precoce da doença, permitindo identificar alterações nas mamas antes do aparecimento de sintomas. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) recomenda a realização de mamografias para mulheres a partir dos 45 de dois em dois anos. A mamografia como forma de rastreio do Cancro da Mama permite detetar alterações que ainda não são palpáveis, ou seja, que não se sentem ao toque. Estudos e dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2015) destacam que os benefícios da mamografia superam os possíveis riscos, incluindo a exposição mínima à radiação ionizante.

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   O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA) anunciou a aplicação de censura pública à médica Dra. Lana Almeida (CRM-PA 5883) após violação do Código de Ética Médica, configurando negligência, conforme o Acórdão do Processo Ético-Profissional nº38/2019. A penalidade foi determinada de acordo com a Lei nº 3268/57 e o Decreto nº 44.045/58.​​

     Declarações como as da Doutora Lana Almeida não são só falsas, como perigosas. Desencorajar mulheres a realizar exames preventivos pode atrasar diagnósticos e, consequentemente, reduzir as hipóteses de um tratamento eficaz. 

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    A afirmação de que o "Cancro da Mama não existe" é totalmente infundada e contradiz décadas de evidência científica. Declarações deste tipo contribuem para a desinformação e colocam vidas em risco. A mamografia e as campanhas de sensibilização como o Outubro Rosa continuam a ser pilares fundamentais na luta contra o Cancro da Mama. 

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REFERÊNCIAS:

Serviço Nacional de Saúde (SNS). (2024, 29 de outubro). Rastreio do cancro da mama. Consultado a 4 de dezembro de 2024, de https://www.sns24.gov.pt/tema/prevencao-e-cuidados-de-saude/rastreio-do-cancro-da-mama/#

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World Health Organization (WHO). (2021, 3 de fevereiro). Breast Cancer now most commom form of cancer: WHO taking action. Consultado a 4 de dezembro de 2024, de https://www.who.int/pt/news/item/03-02-2021-breast-cancer-now-most-common-form-of-cancer-who-taking-action

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Ministério da Saúde. (2024, novembro). Médica que postou fake news sobre câncer de mama  é obrigada pela Justiça a apagar postagens. Consultado a 4 de dezembro de 2024, de https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-comciencia/noticias/2024/novembro/medica-que-postou-fake-news-sobre-cancer-de-mama-e-obrigada-pela-justica-a-apagar-postagens

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CNN Brasil. (2024, novembro) Justiça determina que médica apague post com fake news sobre câncer de mama. Consultado a 4 de dezembro de 2024, de  https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/justica-determina-que-medica-apague-post-com-fake-news-sobre-cancer-de-mama/

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Sindicato dos Médicos do Pára (SINDMEPA). (2024, outubro). Detecção precoce do câncer de mama. Consultado a 4 de dezembro de 2024, de https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/acoes/deteccao-precoce

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Balanço Geral. (2024, 29 de outubro). Vídeo sobre o câncer de mama [Reel]. Instagram. Consultado a 4 de dezembro de 2024, de https://www.instagram.com/balancogeral/reel/DBwZJriJT3n/

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Bezerra, R. (2024, 29 de outubro). Entidades se manifestam após médica do Pará dizer que “câncer de mama não existe.” Diário Do Nordeste. Consultado a 2 de janeiro de 2025, https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ultima-hora/pais/entidades-se-manifestam-apos-medica-do-para-dizer-que-cancer-de-mama-nao-existe-1.3577154

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Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará. (2021). Penalidades. Portal Médico; Dra. Tereza Cristina de Brito Azevedo Presidente do CRM-PA. Consultado a 2 de janeiro de 2025 https://cremepa.org.br/penalidades

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